Sorrisos de criança

Campo Grande, MS

Batizado do Henrique

Meu primeiro trabalho com fotografia de eventos merece um espaço especial aqui. Não são fotos pra portólio, é apenas um registro pra guardar com carinho. Não que eu já estivesse pronta, não! Ainda me faltava muita bagagem, Mas faço questão de deixar essas fotos aqui, porque todo mundo tem sempre um começo e uma essência que não muda nunca. Não tenho vergonha nenhuma em mostrar de onde vim.


Um dia recebi um pedido de orçamento especial, pelo meu Facebook particular. Mari batizaria seu pequeno e queria saber quanto eu cobraria para fotografar e se eu toparia. Eu nunca havia feito eventos, aliás, tinha acabado de ganhar minha primeira câmera, minha T5i velhinha de guerra. Já estudava, mas a mão na massa, até aquele dia, nunca tinha colocado. Diz que coragem é ir com medo mesmo; eu fui com o que tinha.


Cheguei lá toda feliz, esperando que a cerimônia fosse na capela principal da paróquia Sagrado Coração de Jesus. Havia muita luz natural no local, que entrava através de janelas lindas. Minha T5i iria dar conta do recado, sem grandes sustos. Esperei por quase meia hora e nada ali me parecia ser um ambiente onde haveria uma cerimônia de batizado de bebê. 


Descobri então que a cerimônia seria reservada no salão pequeno da paróquia. Nada de janelas lindas e cheias de luz natural. Um salão pequenininho, uma senhora lustrando a prataria que seria utilizada na cerimônia. Iso 800 arrebentando com minha expectativa, não queria levantar o bendito flash pop up e eu não tinha flash externo. Na mão, a lente mais clara e melhor que eu tinha: uma 50mm f1.4. Lente 50mm, em câmera com sensor cropado, num espaço medindo mais ou menos 4m x 7m... E agora? Se você fotografa vai me entender. Se você não fotografa e está aqui acompanhando meu trabalho, o resumo da ópera seria o seguinte: a chance de dar errado era muito grande e isso quase aconteceu. Eu tinha avisado a Mari que nem cobraria, porque não sabia se daria conta do recado. Ela, mesmo assim, aceitou. 


De repente, todos começaram a chegar. A hora tinha chegado, era seguir em frente ou seguir em frente. 


Drama à parte, foi esse pequeno quem me impulsionou a ir adiante. Saí deste dia certa de que o caminho que eu tinha pra percorrer seria longo, mas que seria este caminho que eu gostaria de continuar percorrendo. E eu só tenho a agradecer! Agradeço a Mari, ao Fabiano, ao Gabriel e ao pequeno Henrique, por acreditarem e por abrirem para mim este espaço. Agradeço por estes dois anos de caminhada! Vou sempre me lembrar de vocês com carinho. 


E uma coisa que aprendi: nunca despreze os pequenos começos. Eles são tão valiosos quanto os grandes finais.